A inflamação está sempre presente nos locais que sofreram alguma forma de agressão e que, portanto, perderam sua homeostase e morfostase. O processo inflamatório visa compensar essas alterações de forma e de função por intermédio de reações teciduais, principalmente vasculares, que buscam destruir o agente agressor. A inflamação pode ser considerada, assim, uma reação de defesa local. Todo esse processo de restituição da normalidade tecidual é concluído pela reparação, fenômeno inseparável da inflamação.
De acordo com sua evolução, as inflamações podem ser agudas ou crônicas.
Inflamação aguda
A inflamação aguda é uma resposta imediata e inicial a um agente lesivo. A inflamação aguda ocorre quando existe uma resposta inflamatória no local da lesão, por exemplo, a enfarte do miocárdio, queimaduras, trauma, artrite e doença inflamatória intestinal. Os marcadores incluem mediadores e inibidores das inflamações e eliminadores de substâncias potencialmente perigosas, como as toxinas. Classicamente, as alterações protéicas incluem uma descida rápida nos níveis séricos de albumina devido a um aumento da permeabilidade capilar e à subseqüente redistribuição de albumina no espaço extravascular. Esse tipo corresponde aos efeitos dos fenômenos vasculares-exsudativos: vasodilatação arteriolar; aumento de permeabilidade vascular, ocasionando a exsudação de plasma e edema inflamatório; emigração de leucócitos (principalmente neutrófilos) para fagocitose do agente agressor.
Inflamação crônica
A inflamação crônica é sempre precedida pela inflamação aguda, uma resposta mais duradora. È caracterizada por: infiltrado de células mononucleares; destruição tecidual e tentativas de cicatrização.
Classicamente, então, a inflamação crônica é composta por células do sistema mononuclear macrofágico (linfócitos, plasmócitos e macrófagos), por destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase degenerativo-necrótica), e por tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de vasos sangüíneos (angiogênese) e pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose).
Pablo Pinheiro
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